É dever do corretor alertar os empresários para proteger o futuro dos negócios
Por Josusmar Sousa – corretor de seguros, CEO da Mister Líber Corretora de Seguros, membro do Past President Council da MDRT (Million Dollar Round Table) e Company Chair Porto na MDRT.
A maioria dos empresários investe tempo e energia para fazer o negócio crescer, mas poucos se preparam para garantir sua continuidade diante de eventos inesperados, como o falecimento de um sócio. O que muitos ainda não sabem é que o seguro de vida pode ser a chave para um planejamento sucessório bem estruturado, preservando o patrimônio, a operação e a tranquilidade dos envolvidos.
Imagine a seguinte situação: um dos sócios de uma empresa falece. Como pagar o quinhão dos herdeiros sem comprometer o caixa? Como manter o controle da sociedade sem disputas familiares? Como garantir liquidez para obrigações fiscais, trabalhistas e contratuais? A resposta está em uma solução prática e eficiente: o seguro de vida estruturado com fins sucessórios.
Benefícios reais de uma cobertura bem estruturada
Entre os principais benefícios estão:
- Liquidez imediata, sem depender do inventário: o pagamento da apólice ocorre fora do espólio, diretamente aos beneficiários;
- Compra da participação societária dos herdeiros, garantindo continuidade e governança da empresa;
- Prevenção de disputas familiares e societárias, com regras claras e acordadas previamente;
- Proteção de executivos estratégicos, com coberturas do tipo key man insurance, assegurando capital para transição e reorganização;
- Vantagens fiscais, pois, em muitos estados brasileiros, o valor do seguro não é tributado pelo ITCMD.
Além disso, o seguro pode ser combinado com acordos de sócios, protocolos de família e cláusulas específicas em contrato social, criando uma blindagem patrimonial e jurídica robusta.

O papel do corretor: de vendedor a consultor estratégico
Nesse processo, o corretor de seguros é peça-chave. Sua atuação vai muito além da venda de apólices: é o elo entre o presente da empresa e o futuro dos seus sócios e herdeiros.
Ao atuar de forma consultiva, o corretor:
• Levanta o perfil societário e patrimonial da empresa e identifica os riscos ocultos no modelo atual;
• Orienta sobre o valor ideal de cobertura, conforme cotas, obrigações e objetivos sucessórios;
• Garante a adequação jurídica entre o seguro e os documentos societários (contrato social, acordo de cotistas, estatuto etc.);
• Explica a escolha correta dos beneficiários, que podem ser os herdeiros, os próprios sócios remanescentes ou até a empresa, a depender do modelo escolhido;
• Acompanha a evolução da empresa, ajustando a apólice ao longo do tempo.
Esse tipo de abordagem técnica e proativa agrega valor real à atuação profissional do corretor, cria oportunidades de relacionamento duradouro e fideliza clientes empresariais de alta recorrência.
Uma solução que protege o negócio e o legado
Para o empresário, o seguro de vida sucessório não é para quando o problema aparece é para evitar que ele aconteça. Empresas familiares, sociedades por cotas, startups, holdings patrimoniais ou grupos empresariais consolidados: todas podem (e devem) se beneficiar dessa proteção.
A ausência de um sócio pode representar riscos operacionais, fiscais e emocionais. Com um seguro bem estruturado, esse momento de incerteza se transforma em uma transição planejada, segura e tranquila.
Possuir um seguro de vida alinhado ao planejamento sucessório é investir na perpetuidade da empresa, na harmonia entre sócios e herdeiros e na solidez do negócio.
Ou seja, seja você um corretor em busca de soluções de alto valor agregado, ou um empresário preocupado com o futuro da sua organização, o seguro de vida voltado à sucessão empresarial é uma ferramenta essencial – e ainda pouco explorada.
Não se trata apenas de um produto, mas de uma estratégia de continuidade e proteção patrimonial. E como todo bom planejamento, ele deve começar enquanto há tempo.