Mesmo com os avanços tecnológicos e as inúmeras soluções em saúde digital, a população ainda encontra dificuldades para reconhecer o valor da própria saúde. A falta de letramento em saúde e a cultura de agir apenas quando o problema já está instalado continuam sendo barreiras à prevenção efetiva. Diante desse cenário, Mariléa Souza, gerente sênior da Bradesco Saúde, destacou o papel transformador da tecnologia durante o Mesa Redonda promovido pelo CSP Bahia, no dia 22 de maio.

“Falamos de tecnologia, de inteligência artificial, mas é essencial falar em letramento em saúde. Como a nossa população está entendendo o que é valor para a saúde dela?”, alertou.
As doenças cardiovasculares seguem como a principal causa de mortes no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, esse panorama tem impulsionado uma maior conscientização sobre a importância da prevenção e da proteção financeira diante de diagnósticos graves. Como reflexo, cresce o interesse por seguros de vida com cobertura para enfermidades severas, especialmente entre jovens adultos.
Ela destaca que a raiz do problema está no modelo de cuidado predominante — mais voltado para o tratamento do que para a prevenção.
“É importante ressaltar que 80% dos determinantes de saúde estão ligados a hábitos de vida, e só 20% têm relação com acesso à medicina”, completou Mariléa.
O alerta reforça a necessidade de políticas públicas, ações educativas e soluções em seguros que estimulem a prevenção, promovam hábitos saudáveis e fortaleçam a cultura do cuidado antes do adoecimento. Nesse cenário, o letramento em saúde surge como ferramenta essencial para mudar o comportamento da população e reduzir os impactos das doenças crônicas no país.
Fonte: CQCS